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Já repararam que nos programas de televisão, especialmemente aqueles que são dirigidos a velhinhos e pobrezinhos (desculpem, mas é como os apresentadores tratam os seus telespetadores), a atitude dos apresentadores é de um paternalismo atroz?
Naqueles programas da manhã/tarde em que se dá dinheiro (excepto o Goucha e a Cristina que não têm essa postura), os apresentadores tratam a audiência como burrinhos e tontinhos. "Vá lá, ligue, mas só se tiver €0,60. Não ligue se não conseguir, está bem? Está a ouvir-me bem?". E quando as pessoas atendem e ganham qualquer coisa a pergunta é logo: "Vai pagar as dividas não é? Quem está desempregado? Passam fome...". É quase isto. Dissemina-se a cultura do coitadinho. Opá, por favor...
Isto é só um exemplo. E aquela atitude de professor de escola que quer ensinar o correto, quando a TV há muito perdeu a sua função pedagógica, tz,tz, tz. No thanks!!
Quero acreditar que os portugueses são mais que isto. Mas eles lá deviam conhecer a audiência, com as empresas medidoras de audiências que por aí há. Mas duvido que o Portugal real goste daquilo. É o que lhe dão, que remédio. Se só me derem arroz para comer, que remédio tenho eu senão comer arroz (felizmente há o basmati, carolino, risotto...)
Vocês sabem, quem tem cães às vezes pode ser um bocadinho melga. É como quem tem bebés: falam, falam, falam das suas maravilhas como se isso interessasse a muitas mais pessoas. Geralmente só aos próprios e mais dois ou três. Eu tenho os dois, o cão e o bebé. Por esta ordem, primeiro apareceu o cão e depois o bebé.
Mas, dizia eu, tenho um cão que é giro à brava. Tem uma doçura nos olhos, meiguice no carinho e dedicação no comportamento, em relação a todos cá de casa. Já mostrou várias vezes que tem uma inteligência canina acima da média. E, ainda por cima, parece que se está sempre a rir.
Boa índole, cheio de simpatia e bonito. Que bela tríade. É assim que eu também gosto das pessoas, é o que as faz brilhar e sobressair na multidão. Só podias ser meu cão. E não me vou alongar mais do que isto.
Peço desculpa, ó Bicho, por te tagar agora em #coisas. Mas és uma coisa bem fofa!
Eu sou daquelas pessoas que gostou muito do filme. Porquê? Porque houve uma identificação com toda a situação dos emigrantes que eu bem conheço. Por isso, também muita gente se está a rever na história, porque foram emigrantes, filhos de emigrantes ou têm familiares emigrantes. É uma realidade que toca a milhões de portugueses. O pormenor de o pai beber Superbock em Paris, o filho beber Compal, a viagem de carro para Portugal. Não me lembro de outro filme que tenha levado tantos portugueses ao cinema. A senhora que me limpa a casa foi ao cinema, depois de 25 anos sem lá pôr os pés. Outro filme com dedo português não conseguiu isso, porque têm histórias que nada têm a ver com os portugueses. Há sempre bandidos, tiros, histórias elaboradas. Este é simples, como a generalidade dos portugueses. As salas encheram e ganhou-se dinheiro. Objetivo alcançado.