Acabei de abrir um armário na cozinha onde guardo víveres (ah esta bela palavra) e fiquei a olhar para o frasco de mel. 1l dele. Estava dividido ao meio: escuro e mais líquido em cima e espesso e mais claro em baixo. Eu explico. Deram-me um frasquinho de um jovem e vigoroso mel de 2013, que resolvi despejar por cima de um resto de mel maduro, encorpado e mais granuloso que lá tinha - ambos provenientes de apicultura biológica, puro néctar. Na altura, fundiram-se, agora, estão rectilineamente separados. Atrever-me-ia a dizer até atomicamente.
E reflecti. Na natureza, há coisas que não se juntam. Tal como a água e o azeite. No caso, houve ali uma separação velho/novo, encorpado/fino, claro/escuro... e isto transpôs-me para outras divagações humanas que podem dar pano para mangas e criar eternas controvérsias. Mas já está tarde. Vou dormir.
Autoria e outros dados (tags, etc)
2 comentários
De Inês a 16.09.2013 às 17:46
Cheguei aqui através dos destaques do SAPO, e por isso, para começar, Parabéns.
Quanto ao assunto de post, aconselho a que coloque o frasco, bem fechado, dentro de um tacho com água (até mais ou menos à altura do mel), e deixe ferver até o mel ficar todo igual.
Retire, seque e guarde o frasco. Nunca mais vai cristalizar.
Inês
Obrigada, Inês, pela dica :)